Frantz Fanon – Apontamentos da Aula

Calendário

+ ou – 3000 a.C. Egito e Núbia
+ ou – 700 d.C. Islamização e Cristianização
+ ou – 1500 Circunavegação do planeta
+ ou – 1600 – 1800 Reagrupamento e concentração
+ ou – 1800 – 1880 Tráfico de escravos intensificado
Instituições “modernas”
+ ou – 1880 – 1960/70 Colonialismo europeu
+ ou – 1960 Formação de Estados nacionais
1975 Ditador Salazar – Angola

Os condenados da Terra – Frantz Fanon

Negritude

Leopold Sédar Senghor – Se vale de uma linguagem racista para tratar do tema Negritude. Foi criticado pelos etnofilósofos, mas foi importante porque deu foco aos africanos como seres pensantes. Em 1940, ele para de usar o termo Negritude, retorna a ele em 1960 quando começa a politizá-lo e também é criticado por isso. O escritor faz parte da 1ª tradição/geração de escritores formados em 1910, dentro do processo de colonização. Foi importante porque contrapôs a ideia de que na África não há pensamento/civilização.

Marcien Towa (Camarões, datam de 1960 seus primeiros livros) – O autor defende que há uma filosofia africana, pesquisa contos e mitos camaroneses. Apesar de serem apresentados como camaroneses, esses contos refletem a cultura africana em geral que é extremamente filosófica. Foi criticado porque teria essencializado a África usando as características culturais a seguir: prudência, astúcia e reflexão.

Cheikh Anta Diop (1960/70/80) – O autor trabalha com uma retomada positiva, fala do ganho do conceito de Negritude. Define melhor a ideia do pan-africanismo, primeiro uma unidade cultural para depois evoluir para uma unidade política.

Amílcar Cabral (Cabo Verde, 1950/60) – Todos os autores tem envolvimento político (geralmente socialista, Marx, etc.). Há 2 frentes, a cultura e a política. Trabalhou com uma frente feminista, na construção de instituição de apoio às mulheres. Para ele, não é possível mudar a sociedade se não há mudança individual.

Wole Soyinka – Critica a ideia de África e de negro. Afirma que o negro é uma categoria produzida para a colonização, criado dentro do capitalismo em uma lógica perversa, pois o capitalismo sempre precisou de subsídios raciais para explorar as riquezas do planeta (Crítica de razão negra – Achille Mbembe)

Algo importante a ser observado é que esses autores sempre retornam aos anteriores e analisam os conceitos para criticá-los ou reconstruí-los.